Cenário Crítico: Ataques Coordenados às Associações de Cannabis Medicinal no Brasil Deixam Milhares de Famílias Desamparadas

O que está Acontecendo com as Associações de Cannabis Medicinal no Brasil?

Nas últimas semanas, um turbilhão de acontecimentos tem abalado as estruturas das associações que fornecem cannabis medicinal no Brasil, com destaque para a Associação BrisaLuz de Famílias Atípicas no Paraná, o Instituto Samuel Ladario em Minas Gerais e a Apepi – Associação de Apoio à Pesquisa e Pacientes de Cannabis Medicinal no Rio de Janeiro. Juntas, essas organizações desempenham um papel crucial, atendendo mais de 10.000 famílias que buscam tratamentos alternativos e humanizados.

No cerne desses eventos está uma série de interrupções violentas e injustas que culminaram na detenção dos responsáveis por essas associações. A BrisaLuz, referência em pesquisas relacionadas à cannabis medicinal , o Instituto Samuel Ladario, conhecida por seu apoio às famílias e a Apepi, essencial para a assistência a pacientes e referência em cannabis medicinal, enfrentaram uma ação coordenada entre a indústria farmacêutica, a polícia e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

BrisaLuz na Marcha da Maconha Curitiba

É particularmente alarmante observar que no mesmo dia em que a Anvisa cassou a autorização da Apepi para fornecer cannabis medicinal, ela liberou quatro medicamentos à base de cannabis produzidos pela indústria farmacêutica. Essa ação levanta questionamentos sobre a imparcialidade das decisões e sugere uma preferência por soluções comerciais em detrimento das iniciativas artesanais e comunitárias que historicamente têm fornecido tratamentos personalizados e acessíveis.

O vácuo de liderança e a falta de resposta efetiva das instituições responsáveis tornam a situação ainda mais urgente. Enquanto as associações que atendem milhares de famílias enfrentam represálias, o cenário político permanece inerte. O legislativo não avança na criação de leis que regulamentem a cannabis medicinal, o executivo evita discutir a questão e o judiciário se declara incompetente.

Margarete Guete – Presidente da APEPI

Nesse contexto, as famílias que dependem dessas associações para tratamentos específicos enfrentam não apenas a insegurança da interrupção desses serviços, mas também a incerteza quanto ao futuro acesso a medicamentos essenciais. A necessidade de uma abordagem mais abrangente e compassiva em relação à cannabis medicinal no Brasil é evidente, e a sociedade aguarda ações concretas que garantam a continuidade desses serviços vitais.


3 comentários em “Cenário Crítico: Ataques Coordenados às Associações de Cannabis Medicinal no Brasil Deixam Milhares de Famílias Desamparadas

  1. Cida D Agostinho Responder

    Mas e visível a política contrária,eles querem beneficiar os laboratórios que ganham rios de dinheiro,lamentável 😞

Deixe um comentário para Cida D Agostinho Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *